Reverendo
Prof. Dr. Ricardo Mário Gonçalves
Venho a ti, Lucius, comovida por tuas preces.
Apuleio
– O Asno de Ouro
O Poder Maravilhoso da Sabedoria de Kannon os salva
plenamente das dores do mundo.
Sutra de Kannon
Eu sou tudo o que foi, que é e que será, e meu véu ainda não
foi soerguido por nenhum mortal.
Plutarco – Ísis e Osiris
O Eterno
Feminino nos impulsiona rumo às alturas.
Goethe – Fausto II
Interpretativo ou a religião como tradução.
Tradução e religião sempre estiveram intimamente ligadas. Na
Antiguidade, era freqüente divindades do panteão politeísta de um povo serem
traduzidas ou interpretadas como divindades de características mais ou menos
parecidas pertencentes outro panteão. A atividade de tradutor é bastante antiga
na História da Humanidade. Na Antiga
Mesopotâmia, a prática da tradução era designada pelo termo acádico ragamu (chamar,
falar fortemente) do qual deriva o termo dragoman que ainda hoje designa o
intérprete no Oriente Médio, e o vocábulo aramaico targum (tradução). Entre os
gregos, Heródoto foi um dos que inauguraram a prática de traduzir os deuses
egípcios nos seus correspondentes do panteão helênico, interpretando Osíris
como Dioniso, Isis como Deméter, Neith como Atena, Ptah como Hefesto, etc. No
mundo romano, essa atividade era designada pelo termo interpretatio. No Brasil, os cultos afro=brasileiros se
formaram a partir da tradução das divindades africanas como os Orixás em figuras do panteão do catolicismo popular.No
chamado monoteísmo inclusivo (“todos os deuses são Um”) todas as divindades são
traduzidas ou interpretadas como formas ou manifestações de uma única
divindade. Há tendências ao monoteísmo inclusivo no culto egípcio a Amon no
Novo Império, no culto a Ísis no mundo greco-romano e no culto budista de
Amida, no Japão Medieval. Já o chamado monoteísmo exclusivo de origem abraâmica
que predomina no mundo de hoje (“não há outro deus senão X”) dificilmente se
presta a uma tradução. O monoteísmo exclusivo carrega em seu bojo os germes da
intolerância e do conflito religioso. Conclusão: os politeísmos, por sua
flexibilidade e abertura ao processo de tradução, são mais tolerantes do que o
monoteísmo. Quod erat demonstrandum.
Ísis
No Egito Faraônico, Ísis (ASET) continha em seu nome o signo
que representava o trono real. Era a irmã e a esposa de Osíris e a mãe de
Hórus, que ela protegia dos perigos através de sua poderosa magia. Rei e deus
civilizador, Osíris foi morto por seu invejoso irmão Seth, mas Ísis, por artes
mágicas o ressuscitou e concebeu dele o filho Hórus que lutou contra Seth e o
neutralizou. Osíris ressuscitado tornou-se o rei do País dos Mortos que à
semelhança da Terra Pura do Buda Amida no budismo sino-japonês, está situado no
Ocidente, na direção em que o sol se põe. Representada geralmente como uma
mulher ostentando um trono na cabeça, mas também através de inúmeras formas,
por causa de suas conexões com outras deusas, como, por exemplo, a deusa-gata
Bastet cultuada em Bubastis, ela se tornou a “multiforme” por excelência. No
período greco-romano, seu culto se expandiu por todo o mundo mediterrâneo,
passando ela a ser identificada com inúmeras deusas dos mais diversos povos.
Ísis tornou-se então conhecida como “a Miriônoma”, isto é, “a de dez mil
nomes”. Um importante documento a respeito do culto de Ísis no Período
Helenístico é a Aretologia (discurso sobre a virtude) de Ísis, texto descoberto
em 1925 nas ruínas do templo isíaco de Kymé, na Ásia Menor:
ARETOLOGIA
DE ÍSIS
Demetrios, filho de Artemidoros, também chamado Thraseas, de
Magnésia junto ao Menandro, dirige uma prece a Ísis. Esta foi copiada de uma
estela em Mênfis, junto ao templo de Hefesto.
Eu sou Ísis, a soberana de todas as terras.
Fui instruída por Hermes
E inventei a escrita com Hermes, a sagrada, e a demótica,
para que nem tudo deva ser grafado com a mesma escrita.
Dei aos homens as Leis e decretei aquilo que ninguém pode
mudar.
Sou a filha mais velha de Cronos.
Sou a esposa e a irmã do rei Osíris.
Sou aquela que revelou os frutos aos homens.
Sou a mãe do rei Hórus.
Sou aquela que é chamada Deusa entre as mulheres.
Sou aquela que se manifesta na Estrela do Cão.
Por mim a cidade de Bubastis foi edificada.
Separei a Terra do Céu.
Indiquei às estrelas sua rota.
Determinei os caminhos do Sol e da Lua.
Criei a ciência náutica.
Tornei potente o Direito.
Uni a mulher e o homem.
Fixei para a mulher como limite o décimo mês para ela trazer
seu filho ao mundo.
Ordenei que os pais fossem amados pelos filhos.
Estabeleci uma punição
para os pais que não manifestam carinho.
Eu, com meu irmão Osíris, fiz cessar a antropofagia.
Revelei aos homens as iniciações.
Ensinei os homens a honrarem as estátuas dos deuses.
Fundei os santuários dos deuses.
Derrubei o governo dos tiranos.
Fiz cessarem os massacres.
Obriguei os esposos a amarem suas esposas.
Tornei o direito mais poderoso do que o ouro e a prata.
Ordenei que a Verdade fosse reconhecida como bela.
Inventei os contratos matrimoniais.
Fixei as línguas dos Helenos e dos Bárbaros.
Fiz com que o belo e o vergonhoso fossem reconhecidos pela
Natureza.
Fiz com que nada fosse tão terrível como o juramento.
Entreguei aquele que preparou injustamente uma armadilha
para outrem na mão de suas vítimas.
Puni aqueles que praticam fraude.
Ordenei que tenham
piedade dos suplicantes.
Honro os que se defendem com justiça.
Junto a mim reina o Direito.
Sou a soberana dos rios, do vento e do mar.
Ninguém alcança a glória sem meu consentimento.
Sou a soberana da guerra.
Sou a soberana do raio.
Apaziguo o mar e desencadeio a tempestade.
Estou no esplendor do Sol.
O que eu projeto se cumpre.
A mim todos obedecem.
Desato os nós, sou a soberana da navegação.
Torno as águas inacessíveis às naus quando isso me compraz.
Fundei as fortificações das cidades.
Sou chamada de Legisladora.
Fiz as ilhas surgirem dos abismos para a luz.
Sou a soberana das chuvas.
Venço o Destino, é a mim que ele obedece.
Salve! Egito! Pois tu
me criaste!
Um dos principais documentos sobre o culto isíaco no Império
Romano é o romance O Asno de Ouro de Apuleio (c.120 – c. 180) que narra as
aventuras de um jovem curioso chamado Lucius que percorre o mundo em busca de
conhecimento e experiências. Envolvendo-se com uma feiticeira, Lucius se vê
transformado em asno. Depois de passar por muitos sofrimentos Lucius faz uma
prece que é respondida por Ísis que, aparecendo-lhe em sonhos, se lhe apresenta
com as seguintes palavras:
Venho a ti, Lucius, comovida por tuas preces, eu, mãe da
Natureza inteira, dirigente de todos os elementos, origem e princípio dos
séculos, divindade suprema, rainha dos Manes, primeira entre os habitantes do
céu, modelo uniforme dos deuses e das deusas. Os cimos luminosos do céu, os
sopro salutares do mar, os silêncios desolados dos infernos, sou eu quem
governa tudo isso, à minha vontade. Potência única, o mundo inteiro me venera
sob formas numerosas com ritos diversos, sob múltiplos nomes. Os frígios,
primogênitos dos homens,me chamam deusa-mater e deusa do Pessinúncio; os
atenienses autóctones, Minerva Cecropiana; os cipriotas banhados pelas ondas,
Venus Pafiana; os cretenses portaores de flechas, Diana Ditina; os sicilianos
trilingües, Prosérpina Estígia, os habitantes da antiga Elêusis, Ceres Acteana;
uns Juno, outros Belona; estes Hécate, aqueles Ramnúsia. Mas os que o Sol ilumina
com seus raios nascentes, quando se levanta, e com seus últimos raios, quando
se inclina para o horizonte, os povos das duas Etiópias e os egípcios poderosos
por seu antigo saber, honram-me pelo meu verdadeiro nome: Rainha Ísis. Venho
movida de piedade por tuas desgraças. Venho a ti, favorável e propícia. Seca,
pois, as tuas lágrimas, deixa-te de lamentos, expulsa o desgosto. Por minha
providência, desponta para ti agora o dia da salvação.
Vemos nesta passagem que Ísis passou a ser percebida como
uma verdadeira deusa universal que absorveu os nomes e os atributos de inúmeras
divindades femininas da área mediterrânea. Seguindo as instruções dispensadas
pela deusa, Lucius comeu as rosas oferecidas no altar de Ísis por ocasião da
festa em sua homenagem e imediatamente recuperou a forma humana. Fez-se
iniciar, então, nos mistérios de Ísis e Osíris e passou a ter uma vida próspera
e feliz como jurista e sacerdote do culto isíaco.
Kannon
Avalokitesvara (Kuan Yin ou Kuan Shih Yin em chinês, Kannon ou
Kanzeon em japonês, Chenrenzi em tibetano) é uma das divindades budistas mais
populares no Extremo Oriente. Seu nome significa: “aquele que ouve as súplicas
do mundo”.Não é um deus, mas sim um Bodhisattva, um discípulo búdico de
profunda realização espiritual que, por sua Sabedoria, temcondições de se
tornar um Buda (Desperto) e ingressar no Nirvana, mas que, por sua Compaixão,
opta por permanecer no mundo para ouvir os apelos dos seres viventes sofredores
e livrá-los de suas penas. Andrógino em
sua natureza, Avalokitesvara se manifesta em múltiplas formas, ora masculinas,
ora femininas. Na Índia e no Tibete predominam as manifestações masculinas, mas
na China e no Japão as femininas se impuseram a tal ponto que a divindade
praticamente se tornou, na religião popular, numa Grande Deusa do Amor e da
Compaixão. É a divindade tutelar no Tibete e o Dalai Lama é percebido pelo povo
tibetano como uma sua emanação em forma humana. É interessante lembrar que
também no Japão personagens históricos como o Príncipe Regente Shôtoku (572-621)
são vistos como manifestações de Kannon. O texto devocional do culto de Kannon
mais popular no Japão é o gatha (poema) do 25º Capítulo do Sutra do Lótus da
Lei Excelente, denominado Portal Universal de Avalokitesvara. Transcrevo abaixo
esse poema, conhecido popularmente como Sutra de Kannon (Kannongyô) pois,
através dele, podemos conhecer os principais atributos e virtudes dessa
divindade.
O SUTRA
DE KANNON
Ó Perfeito, Honrado do Mundo
Peço-vos agora que declareis
Por que esse santo Bodhisattva
É conhecido como
Kanzeon?
Ao que o Perfeito replicou,
Entoando seu poema:
O eco de seus santos feitos
Reboa pelo mundo inteiro.
Tão vastos e profundos são seus Votos que,
Quando, após incontáveis ciclos cósmicos,
Servindo as hostes dos Perfeitos,
Enunciou seu puríssimo anseio de libertar os seres do
sofrimento.
Ouve, pois, o que sucedeu:
Escutar-lhe o Nome, ver-lhe a Forma,
Ou, com fé, proferir-lhe o Nome,
Liberta os seres de todos os males.
Quem, vítima de intento homicida,
Fosse lançado numa fornalha,
Veria, só em pensar no Poder Salvífico de Kannon,
As chamas transformadas em água!
Quem fosse atirado ao mar,
De monstros marinhos cercado,
Seria, só ao pensar no Poder de Kannon,
Salvo das ondas ávidas.
Quem, do cume do Monte Sumeru,
Fosse por inimigo deitado abaixo,
Flutuaria, só ao pensar no Poder de Kannon,
Como um Sol no espaço.
Quem, perseguido por malfeitores,
Fosse acossado na Montanha de Ferro,
Não teria, só ao pensar no Poder de Kannon,
Um só fio de cabelo arrancado.
Quem, entre um bando de ladrões,
Visse contra si brandidas as lâminas cruéis,
Faria, só ao pensar no Poder de Kannon,
Com que a Compaixão lhe aparasse os golpes.
Quem, tendo incorrido na cólera do rei,
Visse o cutelo alçado para golpear,
Faria, só ao pensar no Poder de Kannon,
Com que a lâmina se partisse em pedaços.
Quem, entre os muros de uma prisão,
Tivesse os pulsos e tornozelos a ferros,
Conseguiria, só ao pensar no Poder de Kannon,
Libertar-se instantaneamente.
Quem, tendo bebido um líquido mortífero,
Jazesse no solo, moribundo,
Anularia, só ao pensar no Poder de Kannon,
O efeito do veneno.
Quem, assediado por trasgos,
Dragões terríveis ou demônios zombeteiros,
Somente pensasse no Poder de Kannon,
Por nenhum seria molestado.
Se feras afluíssem,
De colmilhos à mostra, e mandíbulas ferozes,
Um único pensamento no Poder de Kannon
As afugentaria.
Se víboras se enroscassem no caminho,
Exalando chamas e veneno,
Um único pensamento
no Poder de Kannon
Fá-las-ia desaparecer.
Se o trovão estrugisse e o raio faiscasse,
Ou assustadora chuva despencasse,
Um único pensamento no Poder de Kannon
Abrandaria a tormenta.
Embora os seres oprimidos pelos males cármicos
Padeçam incessantemente,
O Poder Maravilhoso da Sabedoria de Kannon
Os salva
plenamente das dores do mundo.
Dotada de
poderes sobrenaturais,
E sábia no uso dos hábeis meios salvíficos,
Em todos os cantos do mundo
Ela manifesta suas inumeráveis formas.
Não importam os sofrimentos,
Os demônios infernais, as bestas,
Os males do nascimento, da velhice, da doença e da morte,
Kannon há de destruí-los um a um!
Kannon Verdadeira e Pura!
Infinitamente Sábia Kannon!
Bondosa e cheia de piedade,
Sempre almejada e reverenciada!
Ó Resplendor refulgente e imaculado!
Sol da Sabedoria que dissipa as trevas!
Ó vencedora da tempestade e das chamas!
Tua glória replena o mundo!
Tua piedade é um escudo de luz,
Tua compaixão forma uma grande e maravilhosa nuvem
Que, vertendo o Néctar do Dharma,
Extingue as chamas do sofrimento.
Aos que se azafamam nas disputas,
Ou tremem no meio dos exércitos,
O pensamento do Poder de Kannon
Traz a dissipação do ódio.
O maravilhoso som do Nome de Kannon
É sagrado como o ruído do Oceano.
Não há outro igual no mundo!
Por isso há sempre que recitá-lo.
Pronunciai-o sem dúvidas:
“Kanzeon” – som puro e sagrado;
Dos que padecem mortal receio
Suporte inabalável.
À perfeição de seus méritos,
À compaixão de seu olhar,
À infinidade de suas bênçãos,
Inclinamos nossas cabeças, com reverência.
Ísis e Kannon
A leitura da Aretologia de Ísis, do romance de Apuleio e do Sutra
de Kannon nos permite facilmente detectar uma série de características comuns a
Ísis e a Kannon. Ambas são divindades femininas multiformes infinitamente
compassivas e amorosas que correspondem aos apelos de seus devotos, livrando-os
de seus sofrimentos e guiando-os pelos caminhos da vida. Ambas são protetoras
de pescadores e navegantes, protegendo-os das tempestades e dos naufrágios.
Sabemos por outras fontes textuais e iconográficas que ambas são representadas
como mães com o filho ao colo, sendo, portanto, veneradas por mães, gestantes e
jovens desejosas de engravidarem. Claro que não pdemos perer de vista as
diferenças. Ísis é uma Deusa e Kannon, originalmente, um Bodhisattva andrógino,
embora na prática seja cultuado como deusa na religiosidade popular do Extremo
Oriente. Ísis, como Deusa, é percebida como civilizadora, legisladora e juíza
capaz de punir os que transgridem seus decretos. Tais características estão
totalmente ausentes em Kannon cujo traço mais marcante é a compaixão ilimitada.
Entretanto, apesar dessas diferenças, os traços em comum justificam
perfeitamente um trabalho de interpretatio unindo Isis e Kannon como sugerem
pesquisadores atuais como a sacerdotisa isíaca De Traci Regula.
Lucius e Shinran: redimidos pelo Eterno Feminino
Em 1201 o monge budista japonês Shinran (1173 – 1262),
depois de buscar em vão a libertação através de vinte anos de práticas
ascéticas no Mosteiro de Enryaku-ji próximo a Kyoto, a Capital Imperial, deixa o
claustro e inicia um retiro de cem dias
no Templo Hexagonal (Rokkakudô) dedicado ao culto do Príncipe Regente Shôtoku
encarado como uma emanação em forma humana de Kannon. Seu objetivo é conseguir
uma revelação ou orientação que o auxilie a superar o impasse a lhe dificultar
o progresso na vida espiritual. Esse retiro lhe proporciona dois sonhos
significativos em que o Príncipe, aparecendo-lhe na forma de Kannon, lhe indica
novas perspectivas para sua vida religiosa. O primeiro desses sonhos o leva a procurar
o Mestre budista Hônen que o inicia na Tradição da Terra Pura, uma forma
simplificada de budismo acessível ao ser humano comum que não tem condições de
se dedicar ao estudo e à ascese. No segundo sonho, Kannon lhe aparece vestida
de branco (a cor das vestes dos budistas leigos) e lhe transmite os seguintes
versos:
Praticante!
Se tua herança cármica te levar a possuir uma mulher,
Eu me tornarei uma Mulher de Jade e serei por ti possuída;
Durante toda a tua vida eu bem te ornamentarei
E quando chegar teu momento final,
Eu te conduzirei à Terra da Suprema Alegria.
Seguindo essa orientação, Shinran contrai matrimônio com a
Senhora Eshin-ni tornando-se assim l primeiro mestre budista japonês a liderar
uma Ordem de religiosos casados, a Verdadeira Escola da Terra Pura (Jodo-Shinshu).
Uma série de traços comuns nos permite aproximar Shinran de Lucius, o
protagonista do romance de Apuleio que não passa de um alter ego do escritor,
cujo nome é Lucius Apuleius. Ambos se encontram num terrível impasse que os
leva a recorrer à compaixão de uma divindade feminina que, aparecendo-lhes em
sonhos, os aliviam de suas angústias e lhes apontam novas perspectivas para
suas vidas. Em outras palavras, ambos
são redimidos e impulsionados para o alto por intervenções daquele Eterno
Feminino de que o grande poeta pagão Goethe nos fala nos versos finais de seu Fausto:
O Eterno Feminino nos impulsiona rumo às alturas.
BIBILOGRAFIA
APULEIO - O Asno de Ouro, São Paulo: Cultrix, 1963.
ASSMANN, Jan – Moïse l’Égyptien, Paris, Flammarion, 2003.
ASSMANN, Jan – Violence et monothéisme, Paris: Bayard, 2009.
BALTRUSAITIS, Jurgis – la quête d’Isis, Paris: Flammarion,
1997.
BLOFELD, John – A Deusa da Compaixão e do Amor – O culto
místico de Kuan Yin, São Paulo: Ibrasa, 1994.
CORNU, Philippe – Dictionaire Encyclopédique du Bouddhisme,
Paris: Seuil, 2001.
REGULA, De Traci – Os mistérios de Ísis, seu culto e magia,
São Paulo: Madras, 2004.
FRANCESCHINI, Paul-Jean et BRICAULT, Laurent – Isis la Dame
du Nil, Paris: Larousse, 2008.
HADOT, Pierre – Le voile d’Isis – Essai sur l’histoire de
l’idée de Nature, Paris: Gallimard, 2005.
HORNUNG, Eric – Les Dieux de l’Égypte – Le Un et Le
Multiple, Paris: Éditions du Rocher, 1986.
NEUMANN, Erich – The Great Mother, Princeton: Princeton University
Press, 1974.
Plutarque – Isis et Osiris, Paris: Guy Trédaniel, 1979.
SITES
Ancient Egypt Online: www.ancientegyptonline.co.uk
Neos Alexandria: http://neosalexandria.org
The Kemetic Orthodox Faith: www.kemet.org
TEMPLVM ISIDIS: http://webspace.webring.com/people/ct/templvmisidis
Gratidão eterna ao Professor Rev. Ricardo Mario Gonçalves pela confiança em me presentear com a permissão de publicar neste humilde blog , tão belo trabalho. Que Amida em sua Compaixão Infinita e Kannon o proteja nesta jornada! Que eu possa um dia retribuir, todos os ensinamentos recebidos, generosidade e compaixão deste ser humano maravilhoso que Amida colocou em meu caminho nesta vida!
Namu Amida Butsu _/\_