segunda-feira, 2 de abril de 2012

Izanagi e Izanami

                                           Izanagi and Izanami: Creation of Japan by Pabbit_da_Rabbit



Um casal, que gera todos os outros kamis do mundo, mas quando chega a vez dos kamis do fogo, eles se tornam tão ardentes que matam Izanami. Ela, prometendo retornar, diz que vai para o Submundo e que lá ele não poderia ir, tendo de esperar. Izanagi espera, mas depois de muito tempo resolve quebrar a promessa e vai atrás de Izanami. Chegando no Submundo, vê ela dando luz a vários demônios, enquanto é comida por larvas. Ela, percebendo a audácia de seu marido, manda os demônios o perseguirem. Fugindo dos demônios, Izanagi pega o seu pente de ossos que usa para prender o cabelo e o quebra, jogando seus pedaços no chão. Os demônios, famintos, devoram os brotos de bambu que surgiram do pente. Izanagi foge dos demônios, e rolando uma pedra enorme, os prende no Submundo. Izanagi fica furioso por Izanami lhe trair, que usa os poderes do sol e destroi todos os demonios.


fonte:Mitologia_japonesa

Amaterasu e Susanowo (ou Susano)




                                                                                                                        Susanowo

Susanowo, descontente com o império dos oceanos, faz grandes patifarias à irmã, a ponto de a fazer fugir para uma caverna, deixando o mundo na escuridão. 

Todos os outros kami, reunidos, concebem então um plano para a fazer sair. Com grande alarido, gritos e risos, despertam a curiosidade da deusa solar, que a leva a entreabrir a entrada da caverna. Atraída por um espelho colocado à sua frente, acaba por sair, sendo então fechada a caverna, para a impedir de que entrasse novamente.

Garantida de novo a luz, Susano é condenado a pagar uma multa e a ser desterrado dos céus. Mais tarde, ele arrepende-se e acaba por presentear a irmã com um esplêndido sabre encontrado no corpo de um dragão.

Susano querendo ir ao Ne no Kuni, onde Izanami está, chora e grita causando um grande estrago no universo. Susano sobe então ao Takaamahara com seu dragão kuronaya,Takaamahara é governado por Amaterasu e foi chamar a mesma para ir buscar a mãe. Amaterasu pensando que Susano quer o Takaamahara para si, pega seu arco e flecha e vai ao encontro de Susano.

Susano propõe um uquei para provar que suas intenções são boas. Amaterasu concorda. Primeiro, Amaterasu pega a espada de Susano e a mastiga. Da fumaça expirada por Amaterasu nascem três deusas, as Munakata Sanjojin. 

Então, Susano pega um colar de jóias de Amaterasu e a mastiga. Da fumaça expirada por Susano, nascem cinco deuses, todos homens.


                                                                        Amaterasu


Amaterasu diz que os deuses que nasceram por último (homens) foram feitos a partir de um objeto seu, portanto são filhos dela. Amaterasu afirma também que as deusas que nasceram antes são filhas de Susano.


Todos os deuses dominavam cada um elemento da criação e da destruição, as deusas mulheres uma dominava o ar,outra a luz e a outra a natureza,dos deuses pois o criou usando seu poder e seu rancor mas suas filhas imploram que ele não o destrua então Amaterasu pede que seus filhos purifiquem o dragão, Susano faz o mesmo.


Então o dragão é purificado e deixa de ser kuronaya para se tornar shironaya . Susano prova que seu coração é puro porque suas filhas são gentis deusas.


Assim, Amaterasu perdoa Susano.


fonte:http://pt.wikipedia.org

AMATERASU OMI KAMI A SENHORA DA LUZ CELESTIAL





AMATERASU OMI KAMI

A SENHORA DA LUZ CELESTIAL
SENHORA DO SOL

por: Mirella Faur
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“O brilho da Deusa do Sol preencheu o Universo
e todas as divindades festejaram alegremente.”
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Pergaminho japonês do séc VIII


                                                            AMATERASU


Na maioria das culturas e línguas modernas (com exceção do alemão), o Sol é considerado um arquétipo masculino. 
No entanto, nem sempre foi assim. As religiões antigas de várias partes do mundo reverenciavam o Sol como uma Deusa doadora da vida. 
Com o passar do tempo, a perseguição dos arquétipos divinos femininos e o predomínio das religiões e valores patriarcais trouxe uma nova hierarquia cósmica. 
O Sol passou a ser adorado como o Pai Celeste, enquanto a Terra era a Mãe, fertilizada pelos seus raios e calor. 

Somente os japoneses, escandinavos e alguns povos nativos (norte-americanos, esquimós e australianos) preservaram a memória ancestral dos poderes geradores e mantenedores da vida dos raios solares, como sendo atributos de uma deusa, e não de um deus. 
Entre as deusas solares, sobressai-se Amaterasu, considerada a progenitora da família real japonesa e o símbolo da unidade cultural do povo. 
As escrituras xintoístas dos primeiros séculos descrevem Amaterasu como a ancestral divina primordial, a senhora do brilho celeste e do calor solar, padroeira da agricultura e da tecelagem. 
Às margens do rio Ise Wan, encontra-se um templo simples, de madeira, sem imagens, que guarda o sagrado espelho com oito braços da deusa e para onde milhares de peregrinos levam suas orações e oferendas. 
Considerada a responsável pelo cultivo dos campos de arroz, pelos canais de irrigação, artes têxteis e preparo da comida, Amaterasu é reverenciada até hoje no nascer e no pôr-do-sol, nos altares dos templos e das casas, principalmente pelas mulheres mais idosas. 

Em seu mito, Amaterasu é descrita como uma deusa radiante e bondosa, invejada pelo seu irmão Susanowo, o Deus do Tufão, que passou a desrespeitá-la e a destruir suas criações. Após agüentar a destruição das lavouras de arroz e a dessacralização dos seus templos, Amaterasu ficou tão magoada com a morte de algumas mulheres, violentadas pelo seu irmão, que se enclausurou em uma gruta, recusando-se a sair. Alarmados com o fenecimento da vegetação e o frio e a escuridão que se espalharam sobre a Terra, as outras divindades tentaram encontrar um meio para trazer a Deusa de volta. Oito mil deuses reuniram-se na frente da gruta fazendo muito barulho, enquanto Uzume, a deusa xamânica da alegria, fazia todos rirem com suas brincadeiras e os movimentos lascivos dos seu volumoso ventre nu.  
 

Uzume
Curiosa com o motivo da algazarra e das risadas, Amaterasu abriu os véus que cobriam a entrada da gruta e sua figura refletiu-se em um enorme espelho de cobre, ali colocado pelas divindades. Ao se deparar com a linda imagem no espelho, Amaterasu sentiu-se enfeitiçada pela sua própria beleza e permaneceu estática, em contemplação. Rapidamente, o Deus da Montanha fechou com rochas a entrada da gruta, enquanto deuses e mortais cantavam louvores ao esplendor de Amaterasu. Comovida, ela cedeu aos pedidos e deixou-se conduzir de volta ao seu palácio dourado. De lá, Amaterasu continua vigiando a Terra e suas lavouras e atende aos pedidos e orações, principalmente das mulheres que sofreram alguma violência da parte dos homens.
 

Refletindo sobre o significado oculto deste mito, podemos perceber o antagonismo entre as polaridades representadas por Amaterasu (ordem, dignidade, bondade) e Susanowo (rebelião, maldade, violência). O conflito entre o invejoso Deus do Tufão e a ordem celeste, pertencente à sua irmã, seria uma metáfora para o confronto entre duas tradições religiosas ou a descrição dos poderes destruidores da tempestade, prejudicando a abundância das colheitas.
Na visão feminista, as atitudes de desacato de Susanowo são vistas como demonstrações do ressentimento masculino que não aceita nem respeita a ordem e autoridade feminina, seja divina ou humana.
 

                        Susanowo
O afastamento da deusa e a decorrente aridez e escuridão sobre a Terra demonstram a importância vital do princípio feminino, que deve ser reconhecido, respeitado e honrado.
O mito de Amaterasu alerta os homens para nem ofender nem prejudicar as mulheres, enquanto que para elas o incentivo é para estabelecer e defender seus limites, evitando assim abusos e violências. 
Para restabelecer a ordem natural e social, é vital que cesse a destruição da Natureza e a violência masculina contra as mulheres. 
Conscientes do seu valor e da sua força, mulheres de todos os lugares e crenças deverão sair dos seus esconderijos e projetar sua luz e seu amor para apaziguar e iluminar a Terra. 
AMATERASU-O-MI-KAMI: Deusa-Solar japonesa. As cores de sua vela sagrada são o amarelo e o dourado.