quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Comemoração dos 750 anos do Passamento do Patriarca Fundador Mestre Shinran, 60 anos da Fundação da Missão Sul Americana do Budismo Shin



Comemoração dos 750 anos do Passamento do Patriarca Fundador Mestre Shinran, 60 anos da Fundação da Missão Sul Americana do Budismo Shin ramo Otani e Homenagem a recém nomeado Reverendo Chôyû Ôtani:Mestre das Missões.


Dia 25 de Agosto de 2012 das 14 a 18 hs.
Fórum sobre Humanismo

Tema: Quem é o homem? Qual é a verdadeira natureza do ser humano?

Palestrantes:

Rev. Tomomichi Nobutsuka (Professor da Universidade Otani de Kyoto/Japão)

Sr. Washington Novaes (jornalista, documentarista e defensor da preservação do meio ambiente: "Xingu-A Terra Ameaçada")

Prof. Julio Rezende (Psicólogo, professor da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte; presidente do Instituto de Inovação e Sustentabilidade)

Rev. Noriaki Fujimori (Ministro residente do Templo Waimea Higashi Honganji da Ilha de Kaua'i de Havaí, EUA.Incentivador da preservação do meio ambiente e do resgate das culturas tradicionais dos povos minoritários)

Mediador: Dr. Paulo Cesar Teixeira Ribeiro (Psicólogo, consultor de empresas e realiza palestras e cursos sobre assuntos comportamentais)

EVENTO GRATUITO!!!!!


Dia 26 de Agosto de 2012 das 10 a 20 hs.

Ofício Musical e Tarde Musical

--Tema: Agora, a vida vive você!--

Comemoração dos 750 anos do Passamento do Patriarca Fundador Mestre Shinran, 60 anos da Fundação da Missão Sul Americana do Budismo Shin ramo Otani e Homenagem a recém nomeado Reverendo Chôyû Ôtani:Mestre das Missões.

10 hs: Rito Musical

11 hs. Palestra do prof rev. Tomomichi Nobutsuka

  --Tema: "O que é Namu Amida Butsu? "--

12 hs. Almoço

14 hs. Tarde Musical:Tambores, Flauta japonesa(Shakuhachi), okoto(harpa japonesa), Canções Folclóricas, Tango (Argentina) Folclore (Paraguai), Música de Raiz, Canções budistas,Performance (Artista plástico japonês).

18 hs. Confraternização.

Inscrição (com almoço e confraternização): R$70,00 (inscrição e pagamento antecipado em




Quem é Kwan Yin, Kannon, Cherezing




Na India antiga e ainda na moderna era comum se "personificar"  arquétipos, 
conceitos e até mesmo sutras (existe uma imagem atribuida ao Sutra do Coração!).
Ou seja, as pessoas pegavam algo como a COMPAIXAO ou a SABEDORIA, 
utilizam aspectos físicos que se relacionam a tais "conceitos" e PERSONIFICAVAM-NO.
Então, de maneira simples, para um leigo,
Avalokitesvara é a personificação da compaixão!

Prof.  Mauricio Ghigonetto  - Budismo Shin

 “ essa questão de Bodhisattva e Deva, embora, não tem nada de errado em se dizer que Kannon também é uma Deusa da Compaixão, pois ela pode se manifestar assim, no mundo, se ela sentir que é necessário. Mas é só para não confundir com a questão de que ela "seja" uma deusa, mas sim que ela pode "se manifestar" como uma.

No Budismo, existe a concepção de vários planos de existência nos quais os seres vivos transmigram de momento a momento, de existência a existência. Como esses planos são caracterizados pelos estados mentais, são simbolizados como uma Roda e chamada de Sansara. Esse Sansara possui 6 planos: 
- Mundo de sofrimento infernal.
- Mundo dos fantasmas famintos.
- Mundo animalesco.
- Mundo dos titãs combatentes (também chamados de semi-deuses).
- Mundo humano.
- Mundo dos deuses (em sânscrito: devas).

Nesses planos, os seres estão constante transmigração e mesmo os Devas (deuses e deusas) estão presos a ele e quando o seu karma benéfico se consome, o ser pode renascer em qualquer um dos outros planos.
Para além do Sansara, existem outros planos que já estão livres do Sansara, que grosso modo podemos expressar como:

- Plano dos Shrávakas (aqueles que atingem o estado de não retrocesso através do ouvir e praticar sob a orientação de um mestre).

- Pratiekabuddhas (aqueles que atingem o estado de não retrocesso ao se encontrarem com o ensinamento, mas que praticam sozinhos).

- Bodhisattvas (aqueles que atingem o estado de não retrocesso, chegam ao ponto de adentrar no Estado Búdico do Nirvana – o Estado Incondicionado – mas que fazem o Voto de permanecer atuando no mundo para o benefício dos seres humanos).

O Bodhisattva, portanto, é o ser que já tem a plena capacidade para a Suprema Iluminação, mas ainda tem que passar por 10 moradas e 52 graus de realização. Alguns Bodhisattvas ainda, não são seres que evoluíram da ignorância, mas sim, são manifestação de algum Buddha ideal, como no caso do Buda Amida, o Buda da Vida e Luz Infinitas que manifesta sua Compaixão fazendo surgir o Bodhisattva Avalokitesvara, e sua Sabedoria fazendo surgir o Bodhisattva Mahastamaprapta.

No caso de Avalokitesvara, esse Bodhisattva se manifesta no mundo através de 33 formas que vão desde as mais lindas e singelas formas femininas, até algumas terríveis com cabeça de cavalo. Ele é conhecido como Kanjizai, nos Sutras Prajna Paramita, como Kanzeon ou Kannon em outros Sutras como os Sutras da Terra Pura e o Sutra do Lótus da Lei Maravilhosa.

Existe também a crença de que Kannon pode se manifestar sob a forma humana, como no caso do Budismo Tibetano que considera o Dalai Lama como manifestação de Kannon e do Budismo Japonês que considera o Príncipe Regente Shotoku-Taishi como também uma manifestação de Kannon.”

Abraço fraternal. Gasshô.

Tara Branca



                                       *Tara Branca desenhada pelo 17º Gyalwang Karmapa


No Budismo Tibetano, Tara é considerada a Bodhisattwa da compaixão e da ação. Ela é o aspecto feminino de Avalokiteswara, e conta-se que ela se originou de suas lágrimas. Tara também é conhecida como a salvadora, como uma deidade divina que ouve as súplicas dos seres no Samsara. Tara personifica muitas das qualidades do princípio feminino e é conhecida como a Mãe da Misericórdia e da Compaixão. Ela é a fonte, o aspecto feminino do universo, que dá a luz ao acolhimento, compaixão e alívio aos seres que estão experienciando carma negativo na existência cíclica. Ela gera, nutre e sorri para a vitalidade da criação e possui muita afeição por todos os seres, assim como uma mãe sente por suas crianças. Em sua manifestação como Tara Branca, ela expressa a compaixão maternal e oferta a cura aos seres que estão machucados ou doentes, seja física ou psiquicamente.
“Arya Tara é reverenciada como a mãe de todos os Vitoriosos e a Salvadora Veloz. Ela corporifica a sabedoria de todos os budas em forma feminina, e manifesta as qualidades iluminadas do amor, compaixão e sabedoria. Quando começamos a fazer essa prática, sua calorosa irradiação chega até nós, removendo nossos obstáculos, medos e obscurecimentos mentais, e possibilitando o florescimento em nós das mesmas qualidades iluminadas de Tara. Todas as dificuldades, confusão mental e emocional, que podemos experienciar em nosso cotidiano são dissolvidas pelas suas bênçãos, e dessa forma, podemos encontrar uma felicidade mais estável e duradoura, e desenvolver a capacidade de trazer benefícios aos outros seres.”
Tara Branca é uma emanação de Tara, que está relacionada com a longevidade. Podemos fazer essa pratica para gozar de boa saúde, força e longevidade.


OM TARE TUTARE TURE MAMA AYURPUNYE JNANA PUTIN KURU SVAHA

Sua cor branca simboliza a pureza, mas também indica que ela é a Verdade completa e indiferenciada.
Ela usa os ornamentos de um Bodhisattva.
Ela tem sete olhos: os dois olhos, de costume, mais um olho no centro da testa. Há também olhos em suas mãos e pés. Isto significa que ela tem o poder de ver todo o sofrimento em todos os recantos do mundo humano, e em outros mundos, utilizando-se para isso, dos meios ordinários e extraordinários da psique ou da percepção. Ela carrega a flor de lótus.
A Tara Branca é também conhecida como Samaya Tara, o que significa o voto de Tara. Isto se refere a promessa de Tara de salvar todos os seres, que é um voto de Bodhisattva.
Tara Branca é representada como uma mulher madura, de profunda sabedoria.
A prática de Tara Branca é usada para ajudar com problemas de longo prazo, nomeadamente os problemas de saúde física ou mental. Tem-se a impressão que ela está mais distante, mais difícil de contacto em primeiro lugar; através da prática percebemos que ela nos envia energias de cura, poder místico e entendimentos.
Em algumas thankas de Padmasambhava (Tib: Guru Rinpoche) ele está com suas duas consortes. A princesa indiana Mandarava, com quem alcançou o corpo de Arco-Íris, é identificada como a Tara Branca. A princesa tibetana Yéchés Tsogyal, sua consorte e uma fonte de muitos ensinamentos de linhagem importantes (por exemplo, o Kandro Nyin thig), é identificada com a Tara Verde.
Tara Branca esta entre as cinco famílias Búdicas (alguns consideram-na parte da família Lotus).
A prática Tara Branca é especialmente importante nos ensinamentos da tradição Sakya.
O mantra de Tara Branca é: OM TARE TUTARE TURE MAMA AYURPUNYE JNANA PUTIN KURU SVAHA. (Ohm Tahray Totahray tooray mahmah ahyoopoonyay jahnah pooteen kooroo swah hah).

Fontes: http://tertons.wordpress.com/

A COMPAIXÃO É A RAIZ DE TODAS AS PRÁTICAS




por Sua Santidade, o 17° Gyalwang Karmapa
O Buda apresentou os três cestos como veículos para seus ensinamentos. Os ensinamentos que estes cestos continham são conhecidos como os três treinamentos. Todos esses ensinamentos são baseados em evitar causar danos aos outros e em ajudar os outros. É, por isso, de grande importância para os budistas ter estes dois princípios como base de suas práticas. As raízes da prática budista são as atitudes de altruísmo e de não prejudicar os seres. Em outras palavras, as raízes da prática budista são a bondade amorosa e a compaixão.
Dentre essas duas qualidades, acho que a compaixão é a principal: em geral, nós desenvolvemos a bondade amorosa apoiados na compaixão. No começo, então, a compaixão é, em certo sentido, mais importante. Nossa compaixão deve ter um largo escopo, não apenas incluindo a nós mesmos mas também todos os seres sencientes.
Por que a compaixão precisa incluir todos os seres sencientes? Porque todos os seres sencientes, nós mesmos e os outros, queremos ser felizes e livres de sofrimento. Esse desejo básico é o mesmo para todos. Mesmo assim a maioria dos seres sencientes que podemos ver atualmente experimentam apenas o sofrimento; não conseguem obter a felicidade. Assim como temos o desejo de afastar todo o sofrimento de nossa própria experiência e de desfrutar de felicidade, através da meditação na compaixão conseguimos ver que todos os outros seres também possuem esse mesmo desejo. Então os outros seres não são apenas dignos de nossa compaixão, eles são também a causa que torna possível nossa própria meditação na compaixão.
De acordo com os ensinamentos Mahayana, todos os seres sencientes são "nossos pais do passado, presente e futuro". Isso quer dizer que, de todos os seres sencientes, alguns foram nossos pais no passado, alguns são nossos pais atuais e alguns serão nossos pais no futuro; não existem seres que não sejam, afinal, nossos pais. Por essa razão, todos os seres sencientes têm uma conexão de afeição dirigida a nós. Eles têm uma conexão de bondade dirigida a nós. Estes pais bons e afetuosos estão presos a um estado de sofrimento, incapazes de realizar seus desejos de felicidade. É crucial para nós começarmos a meditar na compaixão por eles, nesse exato momento. Acho que isso explica muito claramente porque é necessário incluir não apenas o benefício para nós mesmos, mas também o benefício para os outros no propósito de nossa meditação na compaixão.
Quando praticamos a meditação na compaixão, não é suficiente que nós apenas sintamos uma sensação compassiva em nossas mentes. Precisamos levar nossa meditação na compaixão ao nível mais profundo que for possível. Para tornar nossa compaixão tão profunda quanto possível, refletimos sobre o sofrimento dos seres sencientes nos seis reinos do samsara. Estes seres sencientes que estão passando por um sofrimento tão intenso são os mesmos seres que são nossos bondosos pais do passado, presente e futuro. Em resumo, todos estes seres sencientes são indivíduos com quem estamos conectados.
Então, estando conectados a todos estes seres, se torna possível para nós aprofundar nossa conexão com eles e levar a eles benefícios. A conexão mais excelente que seria possível fazer seria cultivar o coração da compaixão por eles e pensar em maneiras de reduzir seus sofrimentos. Refletindo sobre nossa conexão com esses seres, podemos gerar uma compaixão que não pode suportar que seus sofrimentos continuem por nem mais um instante. Essa grande, insuportável compaixão é extremamente importante. Sem ela, poderíamos ser capazes de sentir de vez em quando uma sensação compassiva em nossas mentes, mas essa sensação não iria dar origem ao completo poder da compaixão. Ela não poderia formar a base de uma prática abrangente.
Por outro lado, uma vez que a compaixão insuportável tenha nascido em nossos corações, vamos imediatamente nos sentir compelidos à ação altruísta. Vamos automaticamente começar a pensar sobre como podemos liberar os seres sencientes do sofrimento. Então, a maneira de gerar o altruísmo é através da meditação na compaixão. Quando nossa compaixão se torna genuína e profunda, nossa ações para o benefício dos outros vão surgir sem esforço e livres de dúvidas. É por isso que é tão crucial para nós aprofundarmos nossa prática de compaixão até que nossa compaixão se torne insuportável.
Diferentemente de nossa abordagem costumeira da compaixão, quando meditamos de vez em quando sobre a noção abstrata de que os seres sencientes experimentam o sofrimento, a compaixão insuportável penetra nossos corações e os mobiliza. Se presenciássemos alguém preso em um fogo devorador, não iríamos protelar nossa ajuda àquela pessoa. Naquele mesmo momento, iríamos imediatamente começar a planejar e colocar em prática formas de extrair essa pessoa daquele fogo. Da mesma forma, com a compaixão insuportável, assistimos ao sofrimento de todos os seres sencientes dos seis reinos e imediatamente procuramos formas de livrá-los desse sofrimento. Não apenas tentamos verdadeiramente livrá-los do sofrimento; estamos também completamente dispostos a superar quaisquer obstáculos que possamos encontrar nessa tarefa de libertá-los. Não seremos abalados por complicações ou dúvidas.
Todos os seres sencientes têm a compaixão básica. Mesmo pessoas que geralmente consideramos como tendo um mau temperamento têm compaixão; eles simplesmente não levaram a sua compaixão básica a um nível mais refinado. Se pessoas com mau gênio não tivessem nenhuma compaixão, seria impossível para eles desenvolver suas compaixões através da prática no caminho. Todos os seres têm compaixão, mas suas portas para o domínio da compaixão ficaram, até agora, trancadas. Então mesmo que possa parecer que algumas pessoas não têm nenhum tipo de compaixão, todos têm ao menos uma pequena semente de compaixão. Essa pequena semente pode crescer até se transformar em uma grande compaixão; o potencial que todos temos para uma grande compaixão pode ser tornado manifesto.
Apesar dos grandes e nobre seres poderem fazer brilhar a completa extensão de seus potenciais de compaixão, nós, seres comuns, não conseguimos. Apesar de termos a semente da compaixão, não temos a compaixão que queremos. Exatamente quando precisamos mais da compaixão, não temos acesso a ela; a porta de nossa compaixão está trancada.
Para tornar forte nossa compaixão e para fazer nossa semente de compaixão amadurecer, precisamos do caminho. Quando entramos no caminho da compaixão, começamos a nos conectar com a compaixão de que precisamos para que possamos ajudar os outros, e começamos a desenvolver a compaixão de que precisamos para atingir a iluminação. Já temos a compaixão, bodichita, sabedoria e muitas outras qualidades positivas, no entanto nossas aflições mentais são muito mais fortes do que elas durante a maior parte do tempo. É como se as aflições tivessem trancado todas as nossas qualidades positivas em uma caixa.
Um dia, quando abrirmos aquela caixa e todas as nossas boas qualidades forem libertadas, não teremos mais que ir procurar pela nossa compaixão. Ela não está disponível para ser comprada em nenhum lugar. Vamos descobrir que a compaixão está espontanemente presente em nossas mentes. Um tesouro de excelentes qualidades ficará disponível para nós.

Kyabje Kalu Rimpoche no Brasil


QUEM É KYABJE KALU RIMPOCHE







Ainda muito jovem, Kyabje Kalu Rimpoche  foi reconhecido como a reencarnação do grande mestre tibetano, Kalu Rangjung Kunchab, que faleceu em 1989. Kalu Rangjung Kunchab deixou o Tibet em 1956 devido a dificuldades enfrentadas pela invasão chinesa, indo primeiramente para o Butão e depois para Índia, onde estabeleceu o Monastério de Samdrub Darjay Choling com filiais em Sonada, Darjeeling e Salugara. Criou o fundo de caridade Drodon Kunchab na Índia e também fundou 60 centros de meditação e retiro em vários países.

A reencarnação desse grande mestre foi formalmente reconhecida por Tai Situ Rimpoche e confirmado por inúmeros lamas da comunidade tibetana, incluindo Sua Santidade o Dalai Lama e Sua Santidade o Karmapa.
Assim que foi reconhecido como o sucessor de Kalu Rangjung Kunchab, o novo Kyabje Kalu Rimpoche iniciou sua formação da maneira tradicional, completando seus estudos e treinamentos aos 18 anos. A partir daí, reassumiu a posição de responsável pelo monastério, pelo fundo de caridade Dodron Kunchab e por todos os centros de sua linhagem espalhados pelo mundo.

Desde 2010 Kalu Rimpoche tem se dedicado a visitar seus centros com o objetivo de conhecer seus estudantes e dar-lhes ensinamentos, coragem e direção para prosseguir no caminho Budista.


Kalu Rinpoche





Kalu Rinpoche é um dos grandes mestres de nossa época. Nascido no leste do Tibete em 1905, foi criado por seu pai e sua mãe, ambos praticantes do Dharma. Seu pai foi uma reencarnação reconhecida e, no início, recusou-se a entregar seu filho ao mosteiro, optando por educá-lo ele mesmo. 
Durante a gestação de sua mãe, houve muitos sinais maravilhosos de que a criança seria especial. O guru-raiz de ambos pai e mãe de Kalu Rimpoche foi o grande Jamgon Kontrul Lodro Thaye. 
Ainda pequeno, Kalu Rimpoche já mostrava uma compaixão notável por todos os seres vivos e seu intelecto era aguçado. Aos treze anos de idade, impressionou a todos com seu conhecimento e compreensão do significado das escrituras ao dar sua primeira aula de Dharma a muitos rinpoches e lamas 

Quando completou quinze anos, Kalu Rinpoche foi mandado para o centro mais importante da escola Karma Kagyu - o grande mosteiro de Palpung de Sua Eminência Tai Situ Rinpoche, para iniciar sua carreira monástica.

 Lá permaneceu por mais de uma década, em cujo período obteve um domínio completo da vasta gama de ensinamentos que formam a base filosófica da prática budista e completou dois retiros de três anos. Entre os gurus de Rinpoche incluem-se os mais importantes discípulos do mestre supremo do Movimento Eclético, Jamgon Kongtrul Lodro Thaye, o XV Gyalwa Karmapa, Khakhyab Dorje; Situ Pema Wangchuk Gyalpo, o abade e professor mais importante do mosteiro de Palpung; Zhechen Gyaltsab Byurme Namgyla, o grande mestre Nyingma considerado o discípulo inigualável de Mipham Rinpoche, e o mestre de meditação Drupon Norbu Donrdrup, cujos ensinamentos tiveram um impacto profundo na vida de Kalu. Seus companheiros de estudo do Dharma foram os mestres mais notáveis de sua geração: Jamgon Kongtrul Khyentse Ozer, Zhechen Kongrtrul Rinpoche, Jamyang Khyentse Choki Lodro, Dilgo Khyentse Rinpoche e muitos outros. 

Aos vinte e seis anos, Kalu Rinpoche deixa Palpung para buscar a vida de iogue solitário na floresta de Khampa, no interior, sem se preocupar com comida ou roupas. Por quase quinze anos, esforçou-se para aperfeiçoar a realização de todos os aspectos dos ensinamentos e tornou-se conhecido nas aldeias e entre os nômades como um representante verdadeiro do caminho de bodhisattva. Seu estilo de ensinamento simples e direto foi, de muitas maneiras, o produto da necessidade de trazer a experiência viva dos ensinamentos de Buda àqueles que não foram beneficiados pelo sofisticado sistema educacional monástico. 

Depois de passar quase 12 anos sozinho nas montanhas, pediram-lhe que retornasse a Palpung para ser o mestre de retiros no retiro iniciado por Jamgon Kontrul. Sua atividade começou a se difundir pelo Tibete e ele foi reconhecido como a emanação de atividade de Jamgon Kontrul. Por ter alcançado o domínio da prática meditativa, ainda em Palpung Kalu Rinpoche recebeu ensinamentos finais de Drupon Norbu Dondrup, que lhe confiou a preciosa transmissão dos ensinamentos da escola Shangpa Kagyu. 

Na década de 1940, Kalu Rinpoche visitou a região central do Tibete com o grupo de Situ Rinpoche e lá ensinou por muito tempo. Entre seus discípulos incluem-se Reting Rinpoche, regente de todo o Tibete durante a primeira infância do XIV Dalai Lama. Retornando a Kham, tornou-se o abade do centro de meditação associado a Palpung bem como o professor de meditação de Sua Santidade o XVI Gyalwa Karmapa, posições em que permaneceu até o momento em que a situação no Tibete o forçou ao exílio na Índia. 

Ainda antes da ocupação do Tibete pelos chineses, Sua Santidade o XV Karmapa enviou Kalu Rinpoche ao Butão para se preparar para o êxodo. Lá, ele estabeleceu o mosteiro ChangChub e, depois, foi para a região de Darjeeling, no norte da Índia. No mosteiro de Sonada, ele recebeu um pequeno monastério que imediatamente começou a reconstruir, e onde, mais tarde, iniciaria um retiro de três anos. Este mosteiro em Sonada lhe serve de residência oficial. 



No início dos anos 70, Sua Santidade o XV Karmapa mandou Kalu Rinpoche para o ocidente para que ele ajudasse a estabelecer o Dharma em tal região. Ao chegar ao Canadá, as pessoas começaram a descobrir a profundidade de sua sabedoria e de sua compaixão. Viajou diversas vezes a muitas partes do mundo e estabeleceu muitos centros e retiros de três anos. Na França, fundou o centro de retiros que foi o primeiro a ensinar o tradicional retiro de três anos das linhagens Shangpa e Karma Kagyu a alunos ocidentais. Sua atividade foi vasta e ele ajudou inúmeras pessoas colocando-as no caminho para a liberdade. Em 1989, ele faleceu em seu mosteiro.Depois de seu falecimento em 1989, muitos sentiram uma grande perda e todos os seus alunos e todos os grandes Rinpoches começaram a fazer preces para que ele pudesse renascer logo e continuar sua atividade. Todos os Rinpoches presentes nas cerimônias finais garantiram ao mundo que ele renasceria logo.

Em setembro de 1990, Kalu Rinpoche renasceu de Drolkar, a esposa de seu próprio sobrinho, o Lama Gyeltsen. Embora seu nascimento não tivesse sido anunciado até os 18 meses do bebê, as pessoas já tinham começado a ir em grande número a Sonada para mostrar seu respeito por esta criança maravilhosa. Por fim, Sua Eminência Tai Situ Rinpoche e Sua Santidade o XIV Dalai Lama anunciaram que essa criança era, de fato, a reencarnação de seu precioso professor. Ele sempre mostrou qualidades extraordinárias e consegue se lembrar de pessoas e alunos de sua encarnação anterior. É realmente uma benção termos a manifestação de seres tão compassivos neste mundo para ajudar todos nós. Oramos continuamente para que tenha vida longa e possa aumentar sua atividade, uma vez que ele manifesta sua verdadeira natureza a todos nós que estamos presos nos laços do samsara


biografía retirada do site