O BUDISMO
SHINGON é uma religião que foi estabelecida por Kôbô Daishi (Kûkai) no
começo do período Heian (século IX), e seus ensinamentos são conhecidos como
o Budismo Esotérico Shingon (Budismo Shingon).
Esta forma de Budismo é também conhecida em japonês como mikkyô, que significa "ensinamento secreto". Mikkyô é uma das várias linhas de práticas dentro da tradição Budista Mahâyana.
Mikkyô engloba muitas doutrinas, filosofias, divindades, rituais religiosos e técnicas de meditação de uma variedade ampla de fontes. A assimilação das divindades locais e Hindus e seus rituais foram especialmente marcantes para o Budismo que tornou-se Mikkyô. Tais elementos diversos foram sendo incorporados ao longo do tempo e, combinando com os ensinamentos filosóficos Mahâyana, formaram um sistema compreensivo de doutrina e práticas Budistas.
Esta forma de Budismo é também conhecida em japonês como mikkyô, que significa "ensinamento secreto". Mikkyô é uma das várias linhas de práticas dentro da tradição Budista Mahâyana.
Mikkyô engloba muitas doutrinas, filosofias, divindades, rituais religiosos e técnicas de meditação de uma variedade ampla de fontes. A assimilação das divindades locais e Hindus e seus rituais foram especialmente marcantes para o Budismo que tornou-se Mikkyô. Tais elementos diversos foram sendo incorporados ao longo do tempo e, combinando com os ensinamentos filosóficos Mahâyana, formaram um sistema compreensivo de doutrina e práticas Budistas.
Os ensinamentos Shingon são baseados na Sutra Mahâvairocana (Japonês: Dainichi-kyô)
e na Sutra Vajrasekhara (Japonês: Kongôchô-kyô), as Sutras
fundamentais do Shingon. Estas Sutras foram provavelmente escritas durante a
última metade do século VII na Índia. Elas contém a primeira apresentação
sistemática da doutrina e práticas Mikkyô.
Shingon representa o período médio do desenvolvimento do
Budismo esotérico na Índia. O desenvolvimento, que se estendeu desde o século
VII até o século VIII, foi o tempo quando a Sutra Mahâvairocana e a
Sutra Vajrasekhara foram compiladas. A história do Budismo Esotérico
foi praticada desde a Índia até a Ásia Central, Ceilão, China, Coréia, Japão,
Mongólia, Nepal, Indonésia, Sudeste da Ásia e Tibete. A tradição Mikkyô continua
no Japão dos dias de hoje, mas em outras localidades onde a tradição inicial
indiana foi desenvolvida em diversas maneiras, os ensinamentos esotéricos
Budistas foram em sua maioria sendo dispersos, alguns até o ponto de extinção
total.
Os ensinamentos Shingon
Shingon é uma forma de Budismo Esotérico japonês, por isso é
também conhecido por Shingon Mikkyo. Esta escola foi fundada em 804 DC por
Kukai (Kobo Daishi) no Japão. Como mencionado acima, os ensinamentos são
baseados nas Sutras Mahavairocana Sutra e Vajrasekhara, as sutras fundamentais
da Shingon. Através da observação a três segredos - as ações do corpo, fala e
mente, nós somos capazer de alcançar iluminação ainda nesta vida. Quando
conseguimos manter este estado mental, podemos nos tornar unos/integrados com a
força vital do Universo, conhecida como Buda Mahavairocana.
As atividades simbólicas estão presentes em qualquer lugar
do Universo. Os fenômenos naturais tais como montanhas, oceanos e até os
humanos expressam as verdades descritas nos sutras.
O Universo em si encarna e não pode ser separado do
ensinamento. Na tradição Shingon, o praticante usa as mesmas técnicas que foram
utilizadas há mais de 1200 anos por Kukai e tem sido transmitidas verbalmente
geração pra geração até o momento presente. Como Budistas Shingon, existem três
votos a serem observados em nossa vida:
Nós podemos alcançar o estado búdico nesta vida;
Nós podemos nos dedicar ao bem estar das pessoas;
Nós podemos estabelecer o Mundo de Buda neste planeta.
Tornar-se um Buda nesta vida (Sokushin Jobutsu) - a característica deste ensinamento Shingon é que alguém não se torna Buda somente em sua mente nem se torna Buda depois que desencarna. Isso significa que somos capazes de alcançar a perfeição de todas as qualidades de Buda enquanto estamos vivos neste corpo encarnado. Um texto no Bodhicitta (Bodaishin-ron) diz: " Alguém que rapidamente alcançou o grande Despertar em seu corpo nascido de mãe e pai".
De acordo com os ensinamentos Shingon, todas as coisas neste
Universo - tanto matéria física, mente ou estados mentais - são feitos de
alguns dos seis (6) elementos primários - terra (o princípio da solidez), água
(umidade), fogo (energia), vento (movimento), espaço (o estado de ser desobstruído)
e consciência (os seis modos de conhecer objetos). Buda assim como os seres
humanos comuns são feitos destes seis elementos e, neste sentido, ambos Buda e
seres humanos são idênticos basicamente e em essência. Quando compreendemos
esta verdade nossas ações, palavras e pensamentos perecerão do modo como são
atualmente e uma experiência de fé que criará a vontade de ser correto e
purificar tudo ao seu redor. Este corpo físico, ser humano, será capaz de
alcançar o estado Búdico.
Salvação e Iluminação - O Budismo Shingon oferece
salvação e iluminação ao ser humano que seria envolvido no ciclo de nascimento
e morte das encarnações. Assim que uma pessoa é capaz de entrar o portal de sua
fé, ele/ela será capaz de receber a salvação e orientação de muitos Budas e
Bodhisattvas. É uma religião em que cada pessoa será afortunada o bastante para
recitar os mantras que são as próprias palavras de Buda.
Kobo Daishi ressaltou dois pontos como características
especiais:
Alcance de iluminação nesta vida
O presente momento que claramente ensina o conteúdo da
iluminação
Ele explicou estes dois aspectos através de suas escrituras,
tais como "O significado de tornar-se Buda neste Corpo", "Os 10
estágios no desenvolvimento da Mente", "O significado dos preceitos
Samaya secretos de Buda".
Disciplina Shingon
As formas a seguir são as mais praticadas por muitos
seguidores: Susokukan (meditação básica para encontrar o próprio ritmo de
respiração), Gachirinkan (meditação do Disco da Lua) e Ajikan (meditação de uma
sílaba). Estas práticas nos levam ao entendimento da natureza da Realidade.
Através destas práticas podemos experimentas muitos estados de consciência e
assim como nossos conhecimentos se desenvolvem, começamos a ter um insight real
sobre a natureza do estado não matéria. Através destas meditações podemos
experimentar o fluxo de energia deste estado até o plano material de
existência. Porém tal estado não pode ser experimentado sem correto
entendimento de sua doutrina e a orientação de um mestre autêntico.
Kobo Daishi
Kobo Daishi (Kukai), o fundador do Budismo Shingon, nasceu
na cidade de Zentsuji na Prefeitura de Kagawa no Japão em 774. Ele se tornou
monge quando tinha 19 anos e foi a China para estudar Budismo Esotérico quando
tinha 31 anos. Estudou Sânscrito sob orientação de mestres da Índia e se
aperfeiçoou em ensinamentos esotéricos sob orientação do mestre chinês Jui-kuo,
o 7º patriarca da tradição Budista esotérica. Quando retornou ao Japão,
estabeleceu o Budismo Shingon e propagou seus ensinamentos durante sua vida. O
imperador Saga garantiu a ele o Koyasan (monte Koya) como o local para fundar o
centro monástico em 816.
Kukai escreveu vários ensinamentos e comentários, tais como:
A chave secreta do Sutra do Coração, A diferença entre Budismo Exotérico e
Budismo Esotérico, Alcançando a iluminação nesta existência e Os 10 estágios de
desenvolvimento da Mente. 1200 anos depois, estes textos continuam a iluminar
os seguidores ao redor do mundo todo.
Conhecido por muitos como o pai da cultura japonesa, sua
contribuição se extendeu além dos campos religiosos para as esferas cultural,
acadêmica e engenharia. Ele introduziu o método de fazer e utilizar pincéis de
tinta para escrtia, criou o alfabeto fonético de 47 letras conhecido como
japonês Kana, símbolos Iroha; inaugurou também uma escola para o público em
Kyoto e a chamou de Shugei-shuchiin; dirigiu a construção do dique Mannoike Dam
para prevenir inundações em Sanuki na Ilha Shikoku.
Sendo exemplo vivo dos três votos, Kukai entrou para o
Samadhi eterno no Monte Koya no dia 21 de março de 835. Mais tarde, o imperador
Daigo lhe concedeu o título honorário de Kobo Daishi em 921.
Koyasan (Monte Koya)
Koyasan é localizada na Prefeitura de Wakayama no oeste do
Japão. Kobo Daishi iniciou seu monastério budista no topo desta montanha que
está a três mil pés de altura acima do nível do mar. Há inúmeros templos,
stupas e salas religiosas em Koyasan. O Templo Knogobuji é o prédio matriz da
Missão Koyasan Shingon, que é composta de mais de 4000 templos no Japão.
Leia mais: http://budismojapones.webnode.com.br/news/a-historia-do-budismo-shingon/
Kannon Bosatsu
Bodhisattva da Compaixão
Seu corpo é dourado e ele está sentado sobre chamas. Ela usa
vestes Bodhisattva com uma roupagem vermelha por baixo. Sua mão direita está na
altura do peito e segura uma lótus aberta, que representa o Bodhichitta. Sua
mão esquerda está também ao nível do peito e faz o mudra do destemor.
Objetivo e Votos
Dentre as devoções no Budismo, nenhum outro Buda é adorado
por tantas pessoas quanto Kanzeon (Avalokitesvara) Bodhisattva. Todas juntas,
há uma centena de Avalokitesvaras combinados com as rotas de peregrinação dos
Trinta e Três Templos de Shikoku, os Trinta e Quatro Templos de Chichibu e os
Trinta e Três Templos de Bando. Além disso, há inúmeras outras Avalokitesvaras
consagradas como divindade principal em outros templos.
Como indicado por seu nome, Kanzeon Bodhisattva, a Bodhisattva que percebe os sons do mundo, fez os votos de ouvir as vozes das pessoas e os sons das condições do mundo, imediatamente garante a salvação aos que sofrem e estão aflitos, e dissipa o mal e calamidades que estão ao redor.
Como resultado, Avalokitesvara pode apresentar-se em muitas
formas diferentes, aparecendo em diferentes épocas e lugares livremente sem
restrições para salvar as pessoas, assim é conhecido como a Bodhisattva que
Percebe tudo Sem Restrições. Há trinta e três formas que Avalokitesvara
pode tomar para realizar livremente atos de salvação e esta é a
origem dos Trinta e Três estágios de peregrinação.
As formas fundamentais destas muitas manifestações são as
Sete Avalokitesvaras, que incluem:
Aryâvalokitesvara (Shô Kannon), o Avalokitesvara Sagrado;
Ekadasamuhka (Jûichimen Kannon), o Avalokitesvara de
Onze Faces;
Sahasrabhuja (Senju Kannon), o Avalokitesvara dos Mil
Braços;
Cintâmanicakra (Nyoirin Kannon), o Avalokitesvara da
Realização dos Desejos;
Hayagrîva (Batô Kannon), o Avalokitesvara com Face de
Cavalo;
Cundi (Juntei Kannon), a Avalokitesvara Deusa Mãe;
Amoghapasa (Fukûkenjaku), o Avalokitesvara com uma
corda e uma rede
Geralmente tomando uma forma feminina
gentil, Avalokitesvara é considerado como protetor dos seres vivos com
Amor e Compaixão, mas também pode apresentar-se com aparência austera,
enfurecida e zangada tal como podemos notar em Hayagrîva (Batô Kannon),
a Avalokitesvara com Face de Cavalo, que orienta e protege o mundo
animal. Avalokitesvara pode também dedicar suas energias para atos de
salvação sob a aparência de muitos rostos diferentes, como podemos notar
no Avalokitesvara de Onze Faces; ou praticar atos de compaixão com muitas
mãos, como feito pela Avalokitesvara dos Mil Braços. A Avalokitesvara
que se apresenta com uma rede de pesca e uma corda, e a rede é arrastada pelo
mundo para estender a mão da salvação às pessoas sem deixar ninguém excluído.
A Avalokitesvara Deusa Mãe refere-se a Mãe de Buda e é uma divindade que
nutre as pessoas como uma mãe.
Avalokitesvara (Kannon) também é conhecida como Kanzeon
Bodhisattva e seu nome indica que este Bodhisattva pode escutar as vozes e
preocupações do mundo e para prestar socorro imediato pode transformar-se em
muitas formas diferentes para salvar as pessoas livremente que busquem, de
acordo com seu tempo e lugar. É por isso que Avalokitesvara é conhecida
como Kanjizai Bodhisattva, a Bodhisattva que Vê e Atua Livremente em prol dos
que buscam, e é mencionada no Sutra Avalokitesvara como tendo trinta e
três formas diferentes. Essa é a origem da peregrinação Avalokitesvara que
abrange trinta e três localidades.
Mantra
On arorikya sowaka (japonês)
Om ârolik svâhâ (sânscrito)
Om Senhora Iluminada svâhâ (português)
Leia mais: http://budismojapones.webnode.com.br/news/a08-kannon-bosatsu/
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