quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Tara Branca



                                       *Tara Branca desenhada pelo 17º Gyalwang Karmapa


No Budismo Tibetano, Tara é considerada a Bodhisattwa da compaixão e da ação. Ela é o aspecto feminino de Avalokiteswara, e conta-se que ela se originou de suas lágrimas. Tara também é conhecida como a salvadora, como uma deidade divina que ouve as súplicas dos seres no Samsara. Tara personifica muitas das qualidades do princípio feminino e é conhecida como a Mãe da Misericórdia e da Compaixão. Ela é a fonte, o aspecto feminino do universo, que dá a luz ao acolhimento, compaixão e alívio aos seres que estão experienciando carma negativo na existência cíclica. Ela gera, nutre e sorri para a vitalidade da criação e possui muita afeição por todos os seres, assim como uma mãe sente por suas crianças. Em sua manifestação como Tara Branca, ela expressa a compaixão maternal e oferta a cura aos seres que estão machucados ou doentes, seja física ou psiquicamente.
“Arya Tara é reverenciada como a mãe de todos os Vitoriosos e a Salvadora Veloz. Ela corporifica a sabedoria de todos os budas em forma feminina, e manifesta as qualidades iluminadas do amor, compaixão e sabedoria. Quando começamos a fazer essa prática, sua calorosa irradiação chega até nós, removendo nossos obstáculos, medos e obscurecimentos mentais, e possibilitando o florescimento em nós das mesmas qualidades iluminadas de Tara. Todas as dificuldades, confusão mental e emocional, que podemos experienciar em nosso cotidiano são dissolvidas pelas suas bênçãos, e dessa forma, podemos encontrar uma felicidade mais estável e duradoura, e desenvolver a capacidade de trazer benefícios aos outros seres.”
Tara Branca é uma emanação de Tara, que está relacionada com a longevidade. Podemos fazer essa pratica para gozar de boa saúde, força e longevidade.


OM TARE TUTARE TURE MAMA AYURPUNYE JNANA PUTIN KURU SVAHA

Sua cor branca simboliza a pureza, mas também indica que ela é a Verdade completa e indiferenciada.
Ela usa os ornamentos de um Bodhisattva.
Ela tem sete olhos: os dois olhos, de costume, mais um olho no centro da testa. Há também olhos em suas mãos e pés. Isto significa que ela tem o poder de ver todo o sofrimento em todos os recantos do mundo humano, e em outros mundos, utilizando-se para isso, dos meios ordinários e extraordinários da psique ou da percepção. Ela carrega a flor de lótus.
A Tara Branca é também conhecida como Samaya Tara, o que significa o voto de Tara. Isto se refere a promessa de Tara de salvar todos os seres, que é um voto de Bodhisattva.
Tara Branca é representada como uma mulher madura, de profunda sabedoria.
A prática de Tara Branca é usada para ajudar com problemas de longo prazo, nomeadamente os problemas de saúde física ou mental. Tem-se a impressão que ela está mais distante, mais difícil de contacto em primeiro lugar; através da prática percebemos que ela nos envia energias de cura, poder místico e entendimentos.
Em algumas thankas de Padmasambhava (Tib: Guru Rinpoche) ele está com suas duas consortes. A princesa indiana Mandarava, com quem alcançou o corpo de Arco-Íris, é identificada como a Tara Branca. A princesa tibetana Yéchés Tsogyal, sua consorte e uma fonte de muitos ensinamentos de linhagem importantes (por exemplo, o Kandro Nyin thig), é identificada com a Tara Verde.
Tara Branca esta entre as cinco famílias Búdicas (alguns consideram-na parte da família Lotus).
A prática Tara Branca é especialmente importante nos ensinamentos da tradição Sakya.
O mantra de Tara Branca é: OM TARE TUTARE TURE MAMA AYURPUNYE JNANA PUTIN KURU SVAHA. (Ohm Tahray Totahray tooray mahmah ahyoopoonyay jahnah pooteen kooroo swah hah).

Fontes: http://tertons.wordpress.com/

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